A
MEDIAÇÃO ENTRE HOMENS, SANTOS E DEUS
(Algumas
generosas considerações)
O CATOLICISMO
ENSINA A ENXERGAR NO PRÓXIMO UM INTERMEDIÁRIO DE DEUS:A MINHA RELIGIÃO É
HUMILDE, ELA ME ENSINA A HUMILDADE, A MINHA RELIGIÃO ME ENSINA A ME INCLINAR NA
FRENTE DE UM PECADOR, COMO UM PADRE, OU O MEU BISPO, E BEIJAR A MÃO DAQUELE
PECADOR, E ACREDITAR QUE AQUELA MÃO É INSTRUMENTO DE SANTIFICAÇÃO, E QUE PODE
SER SINAL DA MÃO CHAGADA DO RESSUSCITADO.MINHA RELIGIÃO NÃO É EGOÍSTA!
Algumas
perguntas feitas via facebook esta semana, desconsiderando a chateção, chacota,
desrespeito por Nossa Senhora , aguçou em mim o desejo de pesquisar sobre a
opinião de alguns padres e ainda no Catecismo Católico a respeito dos santos e
sua mediação.Eis algumas considerações importantes sobre o assunto, que podem
tirar dúvidas de muitos interessados, católicos ou não, ou ainda que se
dizem católicos, mas ao invés de tentar conhecer melhor sua igreja e
preceitos, prefere duvidar e tornar cada dia mais fraca sua prática cristã!
Uma das
maiores dúvidas criadas com a figura dos santos é sua capacidade de serem
mediadores entre Deus e os homens. Devido à passagem bíblica de 1Tim 2:5 muitos
têm feito uma interpretação errada. Diz: "Pois há um só Deus, e um só
mediador entre Deus e os homens, um homem, Cristo Jesus". A primeira
interpretação nos diria que não cabe dúvida de que só Jesus é o mediador entre
Deus e os homens, portanto, afirmar que a intercessão dos santos é possível
seria algo antibíblico, mas, a realidade é que não a contradiz.
Muitas destas
interpretações se apoiam em prejuízos contra a Igreja e a grande maioria de
interpretadores fundamentalistas termina contradizendo-se. Isto também se deve
à ignorância sobre o que ensina a Igreja Católica.
Em 1 Tim 2, 5
se utiliza a palavra "mesités" (mediador) e também em outras
passagens do Novo Testamento da Bíblia em grego, um termo que principalmente
aparece junto a "aliança": Jesus é o mediador da nova aliança.
Quando na
parte final de 1 Tim 2, 5 se diz " Cristo Jesus homem", nota-se a
intenção do apóstolo Paulo por demonstrar que é como homem que Jesus é capaz de
ser o reconciliador e mediador para o homem. Já que o pecado veio da
desobediência do ser humano o único que pode redimi-lo deverá ser humano.
Alguns quiseram utilizar esta mensagem de Paulo para lhe tirar o ofício de
mediadora à Igreja e acrescentam arbitrariamente a entrevista de Col 1,18:
"Cristo é a cabeça do corpo, que é a Igreja", mas o caráter de
mediador em Jesus é parte de sua função como homem e não como cabeça da Igreja.
É importante
destacar que algo em que católicos e protestantes estão de acordo sobre o texto
é que Paulo destaca que Jesus é verdadeiro homem e não só um mediador. O texto
não vai a contraposição da Igreja, salvo que se busque uma quinta pata no gato.
Os seguintes
comentários tratam o termo mediador:
"Que
Cristo seja o único mediador não significa que tenha terminado o papel dos
homens na história da salvação. A mediação de Jesus reveste aqui abaixo sinais
sensíveis: são os homens, a quem Jesus confia uma função para com sua Igreja;
inclusive na vida eterna associa Jesus Cristo, em certa maneira, a sua mediação
os membros de seu corpo que entraram na glória. (...) Os que desempenham não
são, propriamente falando, intermediários humanos com uma missão idêntica a que
tiveram os mediadores do AT; não acrescentam uma nova mediação a do único
mediador: não são a não ser os meios concretos utilizados por este para chegar
aos homens. (...) Evidentemente, esta função cessa uma vez que os membros do
Corpo de Cristo se reuniram com sua cabeça em sua glória. Mas então, em relação
aos membros da Igreja que lutam ainda na terra, os cristãos vencedores exercem
ainda uma função de outra índole. Associados à realeza de Cristo (Rev 2,26s;
3,21; cf. 12,5; 19,15), que é um aspecto de sua função mediadora, apresentam a
Deus as orações dos Santos daqui abaixo (5,8; 11,18), que são um dos fatores do
fim da história." (Leon-Dufour, Vocabulário de Teologia Bíblica)
"Os
cristãos compartilham a autoridade do rei dos reis, constituindo-se em
mediadores sacerdotais no mundo da humanidade." ( Harrington, Revelation)
O cristão
quando reza por outro ou a um santo, sua oração é em Cristo, não pensando que
Cristo não tem nada a ver na oração. Nossa oração não exclui a mediação de
Cristo mas sim é uma mediação participada de sua mediação. Assim, na Escritura
se demonstra como muitas qualidades de Deus nos atribuem.
O Catecismo
da Igreja Católica nos indica (956):
Pelo fato que
os do céu estão mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente
a toda a Igreja na santidade... Não deixam de interceder por nós ante o Pai.
Apresentam por meio do único Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, os
méritos que adquiriram na terra... Sua solicitude fraterna ajuda, pois, muito a
nossa debilidade.
Muitos
cristãos pensam que os Santos e todos os que morrem já não podem rezar. É um
engano incrível pensar que Deus não permita que o amor dos santos siga vivendo
ao rezar por seus seres amados, pois se esquece que nosso Pai é Deus de vivos,
e não de mortos. "Os quatro viventes e os vinte e quatro anciões se
prostraram diante do Cordeiro. Tinha cada um uma cítara e taças de ouro cheias
de perfumes, que são as orações dos santos" (Ap 5,8).
A mediação
dos Santos é real e verdadeiramente forte já que eles vivem a Glória de estar
com Cristo nos Céus, e seguindo de novo o apóstolo Paulo quando diz:
"Exorto, pois, acima de tudo que se façam pedidos, orações, intercessões e
ações de graças por todos os homens (1 Tim 2,1)", os cristãos têm a
necessidade de orar para viver o amor reconciliador que nos ensinou Jesus ao
nos abrir as portas da Casa do Pai.
Cristãos
Católicos, defendam sua igreja, AO INVÉS
de preferirem se anular e viver uma fé morna.Conheçam, informem quem precisa
ser informado,leiam o Catecismo de nossa igreja, amem Maria e compreendam a
Bíblia em todos os seus contextos, simbologias, linhas e entrelinhas.E, acima
de tudo, vivam VERDADEIRAMENTE sua fé!