terça-feira, 9 de outubro de 2012

CAPÍTULO XIII




CAPÍTULO XIII

LE GRAND FINALE


E a cidade alagada,
população desesperada
e eu ali sem solução;
O diabo puxava meu braço,
tava um grande embaraço,
uma grande confusão!

Saímos em disparada ,
passando por toda a água
que estava na cidade
tínhamos que dar um jeito
Pois aquele grande feito
Não podia dar em nada.

E fomos à macumbeira,
Tava grande a desgraceira
Tava tudo dando errado;
Nós três então nos reunimos
pro quarto escuro então saímos
Eita diacho, que cilada!

O povão gritava em desespero
faziam-me tanto apelo, 
e eu não sabia como ajudar;
a macumbeira deu um jeito,
me pediu o amuleto
e começou foi a rezar.
gritava, rezava alto,
girava e dava saltos;
Fiquei no canto a olhar;
Foi quando tomei um susto
e o diabo deu 5 pulos
e tudo começou a girar.

A cidade toda rodava;
pra todo canto que eu olhava,
era o povão a girar;
a macumbeira sorria
dizendo que já sabia
que ia funcionar!
gargalhava e entortava a boca
parecia que tava louca
e não parava de gritar!

De repente sai na porta
o diabo então sorria
como no ralo de uma pia
a água então escorria
para dentro de um buracão
e eu via todo o povão
se acabar e o diabo ria

De repente, a água acabou,
aquele susto então passou
mas cadê o meu povão?
perguntei ao irmão diabo
ele disse: Olhe pra baixo!
e eu olhei por buracão.

Estão ali, aliviados;
eu olhava admirado
para aquele buracão;
e agora, o que faremos?\
Como será que então faremos

pra puxar esse povão?


Ah, irmão Anacreonte
Eu já fiz por ti bastante
agora será assim:
O povão ficará aí
até então se decidir
de quem amanhã será o fim;
se será teu ou do Estrelão,
e, falando no gigantão
deve estar vindo por aí!

É amanhã o grande dia?
Me diga diabo maldito!
E eu? Como é que fico?
O povão tá todo aqui;
ficarão é mais zangados
me odiarão esses diabos
e então será meu fim!

Eita que diacho de homem medroso, 
cadê o teu amuleto?
usa agora ele direito
hipnotiza esse povão.
faz ficarem adormecidos
até ficar decidido
se é tu ou Estrelão.

Ah, também ouvi dizer
que estrelão mandou fazer 
para ti uma armadilha
Vou ali em casa já
vou correndo vou buscar
a macumbeira, minha filha!

Tua filha? A macumbeira?
Deixa de dizer besteira
seu diabo mentiroso!
É verdade, irmãozinho
é minha filha, seu burrinho
ai como eu sou maravilhoso!

Eu ensinei tudo pra ela 
e mandei ela pra cá;
pra ela deixarei toda a herança
das mentiras, das lambanças
quando pro inferno eu voltar.
Mais deixa isso pra lá agora
vai correndo sem demora
que a hora tá pra chegar
já avisei à tropa choca
que o estrelão quer te pegar!
Vai lá, pede proteção.
te faz de santo,desvia a atenção
enquanto isso eu vou cuidar 
de ludibriar o povo
ai, como sou articuloso!
É claro que vamos ganhar!

E assim aconteceu:
Durante todo aquele dia
fizemos estripulia
pra todo mundo enganar
enquanto pro buraco eu descia 
pra falar com a tropa choca
o diabo fazia "trocas"
pro povão me aceitar!

E num é que deu tudo certo?
Eita diabo maldito e esperto
conseguiu o que queria...
Colocou todo o povão
no fundo de um buracão
e todo mundo inda sorria!

Hipnotizei o povo
com o amuleto de novo
e subi pra superfície
Esperando pelo gigante
Que já vinha cruzando a ponte
para o duelo;patife!

Nem foi tão difícil assim
tava tudo bom pra mim
e o povo no buracão!
Todo mundo enfeitiçado
junto com a macumbeira e o diabo
Esse é o meu povão!

Estrelão chegou, que medo!
com sua trupe a me encarar
todos eram marrudões,
eu comecei a chorar!
Foi quando chegou o diabo
Dizendo em alta voz:
Covardia, Estrelão!
Não eram vocês a sós?
Queres enganar meu irmão?
Mas olha que traição!
Não podes fazer assim!
Tu que és o honesto
desde o começo da história
permaneça até o fim!

Agora, não tem mais jeito
o povão do lado direito
é claro que não te quer mais!
Olha como estão ali
Todos rindo para mim
Desiste disso, rapaz!

Grita, meu povo amado!
Ordenava o diabo
e o povo, hipnotizado,
começava a bradejar:
Ôba, ôba, ele é o rei!
Ôba, ôba,è nosso rei!
Estrelão sem acreditar!
Ele dizia a chorar:
Esse povo é aquele
que tanto pediu ajuda?
e agora de opinião muda
não entendo ,o que é que há?

Não há nada de incorreto
Respondia o cão esperto
O povo nele confia!
E apontava para mim
Anacreonte, vem aqui!
É tua hora , irmãozinho,
O povo só pensa em ti!
Derrota logo o inimigo
E então junto contigo
estarei até o fim!

E o  povo então vibrava
Estrelão não acreditava
que tragédia! Que horror!
Tantos dias livrando o povo
e agora, outra vez, de novo
O povo nele acreditou

O gigante admirado
afastava-se odiado
desistia do duelo;
Esse povo merece mesmo
é continuar bem preso
Nas correias do teu chinelo!

Confiei demais no povo
e me traíram de novo
onde está a honestidade?
Pois venceste, Anacreonte,
Retirou-se o gigante
e caminhou pela cidade
Do buraco então subiam
homem , mulher, uma minoria
para ele acompanhar.
Estamos contigo,estrelão!
Ainda acharemos a solução 
pra isso tudo transformar!

Foi o dia mais feliz
mais feliz da minha vida;
vi o gigante odiar
a minha população querida
e eles lá no buracão,
o meu querido povão
fazia festa, feliz da vida!

A patotinha, os patetão
as diabetes, era o povão
Feliz, alegre, satisfeito!
Foi só fazer umas troquinha
que logo essa gentinha
se dava por satisfeita!

E agora, diabo velho?
como será o fim da história?
Faremos par eles promessas
como fizemos outrora?
Claro, claro, irmãozinho
isso temos que fazer
Mas nada será verdade
honestidade nunca iremos ter!
Passarão mais quatro anos
para nós fazendo festa
Nos amando, idolatrando
E nem verão que tu num presta!
Mas agora vamos comemorar
o povo está a esperar
lá dentro do buracão!
deixa todo mundo lá
nem conta irão se dar
Venha logo com seu irmão!
Pegue aí seu amuleto
inventa aí mais um feito
pra então comemorar;
anda logo, cuida ligeiro!
deixa de alisar cabelo
E vamo, que vamo lá!

Eu já sei o que fazer
disse ao diabo com alegria
vou mandar cair uma chuva
de bebida e de folia
Mas vou hipnotizar todo mundo
pra comemorar a aposta
na  verdade não será chuva de nada
mas sim uma chuva de bosta!!!

O diabo ria e gargalhava
e o povão no buraco dançava
esperando a festança
a chuva de bosta caindo
E O POVÃO TODO SORRINDO
Era uma baita festança!

O povo continuou no buraco,
Anacreonte com o diabo nas costas;
quando Anacreonte se zangava
Lá vinha chuva de bosta!
E o diabo sempre dizia:
É disso que o povão gosta!

(E... no quarto escuro...)

Lembro como se fosse hoje
quando conheci o irmão cão
com o sonho de ficar rico
e um amuleto na mão.
Vou enricar mais quatro anos

Né isso que o povo quer?
Continuarei sendo sacana

nadando em rio de grana, 
fazendo o que eu quiser!

Até mais, povo da internet,
E só pra cês relembrar:
Sou o rei desse lugar,
Dominador melhor não há,
faço tudo que precisar
pro povão sempre me amar!

Sempre soube a solução
pra burrice do povão!

Sempre soube a solução
pra burrice do povão!


(Continua...)



























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